A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo (Sl 42.2)
Conta-se que certa vez no sul da china, um nativo foi convidado para assistir a uma série de conferências religiosas.
Era um homem simples, naturalmente, mas curioso e observador. Compareceu logo na primeira noite e gostou. Os pensamentos do orador, embora estranhos para ele, não deixavam de ser interessantes. Voltou na noite seguinte e, ao término da segunda conferência, arrazoou consigo mesmo:
“Ora, esse orador falou hoje quase que a mesma coisa que disse ontem...”
Contudo, nem por isso deixou de voltar nas outras três noites restantes. Na última noite, continuou no recinto, até que as outras pessoas se afastassem totalmente. Assim, a sós com o pregador, ele arriscou a seguinte observação:
_ Afinal, pregador, por que motivo o senhor não fala de outras coisas igualmente interessantes e até mais abrangentes? Assisti às suas conferências e o assunto foi sempre o mesmo:
Deus.
_ Não tem nenhum outro nome que possa ser mencionado?
O orador, maduro e muito experiente, sobretudo muitíssimo hábil, encontrou de imediato uma extraordinária saída.
Perguntou-lhe:
_ Desculpe a minha curiosidade, mas o que o amigo come no seu almoço?
_ Como arroz, principalmente, respondeu o nativo com prontidão.
_ E no jantar, qual o seu prato predileto? Continuou o pregador.
_ Ainda arroz, respondeu o chinês.
_ O senhor costuma cear à noite antes de dormir? Insistiu ainda.
_ Sim, fazemos isso todas as noites em nossa casa, falou o nativo.
_ E na ceia, o que a família costuma comer?
_ Também arroz. Uma refeição só será completa para mim se houver arroz.
_ E ontem o Senhor comeu arroz nas três refeições que participou?
_ Sim, eu particularmente só como arroz; entendo que esse cereal me dá vida, força e saúde.
Depois desse dialogo, aparentemente tão sem importância, o pregador em poucas palavras, prestou o mais profundo esclarecimento que aquele nativo carecia ouvir para entender que o nome de Deus é o mais abrangente:
_ Pois essa é justamente a razão de eu só falar em Deus. Ele é o meu amigo. Ele me enche a vida e a alma. Ele é capaz de preencher qualquer necessidade que eventualmente eu possa ter. Por causa desse tão maravilhoso relacionamento entre mim e Deus e, em virtude das muitas bênçãos que dele recebo, é que a minha boca não sabe falar de outra coisa. O meu coração está totalmente tomado por essas experiências. Não acha agora razoável a minha insistência em repetir, dia após dia, esse nome?
Extraído
Fique na paz do amado e até breve.
Sarah Virgínia
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